Volta e meia esse assunto surge e rende aquelas reflexões de bar — geralmente regadas a cerveja quente e teorias furadas —, especialmente sobre a tal “mulher dos sonhos”, agora embasada na nova bíblia moderna: o tal do Red Pill (que mais parece bula de remédio tarja preta).
Quando eu era solteiro, meu critério era simples, direto e honesto: me causou desejo? Tá valendo! Filhos? Problema nenhum — desde que ela fosse linda, sexy e despertasse aquela faísca. Agora… se envolver emocionalmente? Jamais! Eu era turista no parque da putaria, com ingresso vitalício e sem intenção de mudar para a ala dos namorados.
Mas, e aí... o que essa fase me trouxe? Simples. Me transformei em um homem mais blindado que carro forte. Um cara que não se apega fácil, que entende que o mundo é um buffet livre de possibilidades e, principalmente, um homem que não se deixa enganar pelo combo “beleza + voz doce”. E olha… já saí com mulheres maravilhosas, daquelas que fazem até pastor querer pecar. Mas nunca caí na cilada do “olhar 43”. Fui moldado na... digamos... universidade da libertinagem. Graduação, mestrado e doutorado — com louvor.
Hoje, ironicamente, estou namorando. E, claro, não poderia ser diferente: uma mulher incrível. Bonita, inteligente, independente financeiramente. Daquelas que, se cai na mão de um cara carente, ele vira um vira-lata emocionado, mendigando atenção, lambendo as migalhas que sobram no prato dela. Cena triste.
Mas, olha, esse meu eu atual não nasceu do nada, não, viu? Quem acompanha o blog sabe da minha saga: saí de beta manhoso, que implorava por uma gota de atenção feminina, para um homem que, olha… pra uma mulher entrar na minha vida hoje, é quase mais difícil que ganhar na Mega-Sena sem jogar. Cuidei do corpo, do bolso, da mente, do estilo. Falei uma nova língua (não, não é a língua do amor, é inglês mesmo, porque dinheiro mora lá fora). Minha mente ficou tão afiada que hoje sou quase um monge... só que da liberdade, não da castidade.
E qual a moral da história, meu querido leitor? Simples: você, mudando, pode ter o que quiser. Liberdade, mulheres incríveis, experiências, dinheiro. O jogo muda. Porque homens de valor real estão mais escassos que nota de R$ 1,00.
Quando comecei a namorar, olha que plot twist: minha atual também tinha outros contatinhos. E adivinha? Uns caras MUITO mais ricos que eu. Mas… carentes. Uns poodle tremendo de ansiedade por uma lasquinha de atenção dela. Enquanto eu? Na minha. Sempre no mood: “Amo minha liberdade. Faço o que quero. Quem quiser, se adapta. Quem não quiser… boa sorte.”
Resultado: ela, que era dona dos rolês, começou a perceber que eu não tava nem aí. Começou a me cercar, dar sinais, sinais mais claros que farol alto na cara. E aí, como quem não quer nada… plim! Estamos juntos. De forma leve, natural e sem aquelas novelas mexicanas.
O mais engraçado? Ela vive me dizendo:
— “Sério, não sei o que acontece com você. Já rodei esse mundo dos homens e não entendo… fico completamente viciada em você. E você nem parece que me quer!”
E eu só penso:
— “Não é que eu não te quero. É que eu me quero muito mais.”
Simples assim. Eu amo sair sozinho, viver minha vida, tomar minha cerveja, trocar ideia, viajar... e sinceramente? Dane-se se ela acha isso estranho. Ela é livre. E eu também. Não vigio, não olho rede social, não mando textão passivo-agressivo. E sabe o que isso faz? Aos olhos dela, eu sou aquele cara raro, que ela ralou pra conquistar e, ao mesmo tempo, parece que pode perder a qualquer momento — porque, spoiler: eu não dependo dela pra nada. E sabe quem me falou isso? Ela mesma.
— “Você é o homem mais confiante que eu já conheci.”
Ah, coisa linda de ouvir.
Agora você vai perguntar:
— “Mas, maluco, e se ela te trair?!”
E eu te respondo, olhando nos olhos da sua ansiedade:
— “E daí? Olha pro seu redor. Traição hoje é mais comum que golpe no WhatsApp. Se rolar, simples: ou termino, ou mudamos nosso modelo de relação. Inclusive, já tentei propor no começo, mas ela não segurou a onda. Tentamos dois meses, deu tela azul nela, pediu pra voltar ao modo tradicional.”
O que é fundamental num relacionamento?
Proteção. E não tô falando de camisinha (também, né, pelo amor de Deus). É proteção financeira. Casamento pode ser a maior falência da sua vida se você não se blindar. Então, antes de assinar qualquer papel, contrate um advogado, faça um pacto antenupcial, proteja seu patrimônio. Amor é lindo, mas pix cancelado dói mais que chifre.
E sobre filhos… Nem pensar antes de ter CERTEZA ABSOLUTA de que essa pessoa não vai virar seu maior arrependimento e que você entenda que ela REALMENTE É UMA MULHER DE VALOR.
O que é uma mulher de valor?
E aqui vai ter nego espumando, especialmente os fiéis da Red Pillândia. Mas, sinceramente? Minha régua é diferente. Se eu já fiz suruba com três, com seis, com doze, não faz sentido eu exigir pureza angelical, né? Cada um tem seu passado e, spoiler: ele não define ninguém.
Já fiquei com novinhas maravilhosas, mas quebradas. Já fiquei com gerente de multinacional, que falava três línguas, bem-sucedida e gata pra caramba. Já fiquei com médica, advogada, herdeira milionária (a ponto de eu não saber nem abrir uma torneira na casa dela). Já fiquei com mãe solo, sem grana, mas companheira top. Já fiquei com interesseiras que só ofereciam beleza e uma buc*** parcelada em 12x sem juros — e, obviamente, descartei como camisinha usada.
Sabe o que aprendi? Mulher de valor, pra mim, é simples: bonita, inteligente e independente financeiramente. Ponto.
— “Ah, mas ela é mais rodada que nota de dois reais!”
— E eu também, parceiro. E tamo vivendo, feliz e bem.
Inclusive, percebi que, por mais que a mulher fosse da pá virada, quando encontrava um homem de valor, ela naturalmente se acalmava, criava juízo, ou pelo menos fingia bem.
E é isso. Fica aí meu relato, meus aprendizados e, pra finalizar, vou compartilhar um post que vi esses dias — não é de minha autoria, mas bateu tanto que parece até que foi escrito por mim. E, sem querer querendo, faço quase tudo que ele lista.